Silêncio

O poeta está pensando
É capaz de ouvir os cabelos crescendo
O sangue que corre pelas veias
Soa como água na enxurrada
As unhas e a cutícula
E os sulcos na testa
O pensamento.
Ele ouve o pensamento
E aí está a arte
Ele consegue ouvir o pensamento
É como a entrada da vagina
Como os olhos da abelha
Como as antenas da barata
O toque da unha no peito
O suor do sexo mais selvagem
Deus está aí
Você consegue ver?

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