Carta à Morte

quando sobre mim deitar seu manto

espero que não te esqueças

que toda uma vida de pranto

que toda uma vida de encanto

carece de ter nalgum canto

sentido que me esclareça

que craves bem fundo em meu peito

a foice que ceifa a vida

mas há de dizer, com efeito

mesmo no derradeiro leito

se isso a que sou tão afeito

é mais que uma ilusão desmedida

lhe rogo, façamos um trato

não choro por ter que partir

mas antes do último ato

ainda que inútil, de fato,

me diga o motivo exato

que justifica o existir?

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